Os
professores não param de perguntar se a prefeitura vai ou não ratear e devolver
o saldo dos 60% dos recursos do FUNDEB. Temos buscado informações junto ao
Conselho Municipal do FUNDEB, inclusive convidando representantes do mesmo para
a Assembleia Geral Ordinária do Sindicato, realizada em 19/12/2015. Todavia,
nenhum retorno tem sido dado por parte dos integrantes do Conselho, o que tem
deixado a categoria sem os devidos esclarecimentos em torno de assuntos que são
de relevante interesse para os profissionais da educação. Lamentavelmente, o governo municipal também não
se pronuncia. Poderia-se, num testemunho de transparência na gestão dos recursos públicos, sentar com os representantes da categoria e trazer informações como: Que percentual fora investido até a
presente data com o pagamento dos profissionais do magistério? Existe saldo nas
contas do fundo?
Assim sendo,
continuamos com as nossas análises:
Repasses FUNDEB 2014/2015
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2014 (Todo o ano)
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2015 (até 28/12)
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Diferença (R$)
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R$ 32.613.963,72
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R$ 36.232.306,52
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R$ 3.618.342,80
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Fonte:
Site do Banco do Brasil ‹ https://www42.bb.com.br/portalbb/daf/beneficiario,802,4647,4652,0,1.bbx ›
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1. O Governo
Federal já aportou nos cofres da prefeitura, até esta data, R$ 3.618.342,80 a mais que
em 2014 de recursos do FUNDEB. E irá aportar ainda mais dinheiro até o final
deste ano. Trocando em miúdos: a alardeada crise não afetou os recursos do
FUNDEB. Destaque-se, inclusive, que a projeção de recursos feita para 2015 (R$
36.080.311,90) já fora superada.
2. Os
números sugerem saldo dos recursos para ser rateado entre os professores em
2015, pois, apesar do reajuste de 13,01% para os docentes (conforme o piso
nacional), o reajuste do salário mínimo foi de apenas 8,8%, acrescentando ainda
nessa reflexão a constatação de que titulares de cargos comissionados não
tiveram, ao longo de 2015, um centavo se quer de reajuste em suas gratificações.
3. Além dos
reajustes e do pagamento dos 2% referentes aos anuênios, nada de novo (e que é
direito assegurando em lei) houve na remuneração dos servidores. A título de
exemplo, citamos a progressão dos docentes, infelizmente estagnada. Aliás, preferir-se-ia
que a categoria estivesse sendo contemplada com a progressão do que estar
cobrando rateio do FUNDEB, o que seria, de fato, uma boa e agradável
justificativa.
3. Outro
fato importante diz respeito à redução do número de alunos (de 2014 para 2015),
o que nos leva a crer que o município não tenha precisado aumentar
consideravelmente o número de contratados para suprir as demandas das escolas.
Mas, como
sempre pontuamos: se existe saldo nas contas do FUNDEB, se faltam valores para
alcançar os 60% exigidos por lei, que os valores sejam pagos a quem de direito.
Diante da falta de diálogo por parte do governo municipal e da
ausência de esclarecimentos por parte do Conselho do FUNDEB, cabe a categoria
apenas esperar para ver!
Sindicato APEOC - Camocim
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