O contato rotineiro com trabalhadores da educação de Camocim tem nos levado
a identificar o crescente número de profissionais acometidos por doenças
laborais, tanto de natureza física como emocional. Dentre as causas do
sofrimento, está a superlotação das salas de aula, as
rotineiras cobranças por resultados frente às dificuldades de aprendizagem dos
alunos, sem que se dê o devido suporte ao docente, e a jornada de trabalho
excessiva. Tais causas geram problemas como cansaço, nervosismo, lesões físicas,
problemas da voz e estresse, etc.
O tempo passa e pouca
coisa muda. Pelo contrário, até piora, em decorrência da intensificação do
ritmo de trabalho e do maior nível de exigência junto às unidades escolares.
Com o aumento de casos de adoecimento, há aqueles que jogam a responsabilidade
somente para o trabalhador, acusando-o de não querer trabalhar ou de não tomar
os devidos cuidados com a própria saúde. Como saída, os processos de
readaptação nem sempre procuram valorizar outras capacidades do trabalhador,
obrigando-o, em alguns casos, a ser encaminhado para a Previdência Social, o
que implica prejuízo salarial para o servidor, além de afetar a própria estima.
Sem falar que o governo ainda precisa contratar outros profissionais gerando
mais despesa ao município e que muitas das vezes compromete a qualidade na
prestação dos serviços.
A Comissão Municipal
do Sindicato APEOC vem cobrar da Prefeita Monica Aguiar compromisso assumido em
setembro/2012, de atender integralmente a demanda por melhoria das condições de
trabalho dos servidores visando à prevenção de doenças laborais. Porém, passados
aproximadamente 4 anos quase nada foi feito.
Faz-se necessário que o
Município de Camocim implante urgentemente uma política de prevenção ao
adoecimento dos servidores da educação, contando-se com o apoio de profissionais
como: educador físico, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, etc. Como o
município dispõe desses profissionais em seus quadros, a atuação evitaria
onerar o governo e ainda ajudaria as unidades escolares, a fim de reduzir os
casos de adoecimento, licença e readaptação promovendo, por conseguinte, o bem
estar dos trabalhadores para ofertar serviço de qualidade a população.
A saúde do
profissional de educação passa pela visão sensível dos gestores e tem que ser
pauta prioritária, numa clara transição do real para o necessário.
Sindicato
APEOC – Camocim
Sempre
alerta, na defesa dos profissionais da Educação.
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