A SME de Camocim, aquela que diz
amar as crianças, que está sempre pensando no "melhor" para os alunos,
e que faz tudo "a bem do serviço público", colocou em execução o Festival
de Transferências/2014.
Assim como prevíamos, diversos
servidores efetivos (aqueles que sempre são preteridos em favor dos contratados)
estão sendo removidos de suas unidades de lotação sob o mesmo modus
operandi que há muito tempo vem sendo utilizados pelos nossos "bons"
gestores.
Como sempre, tudo de boca. Nada
por escrito. Sem atos formais (portarias). Sem justificativas individualizadas.
Como se diz em bom cearês: a locéu. Nada ocorrendo como fora prometido pela
prefeita Monica Aguiar durante a sua campanha.
Como de costume, alguns diretores
dizem não ter nada a ver com o fato. Que tudo vem de cima - da SME. Eles, pelo
visto, não têm muita autonomia, mas aceitam ficar no cargo mesmo assim. Afinal,
o cargo deles é de confiança e "amigos defendem os seus amigos".
Em alguns dos casos, a informação
dada aos profissionais transferidos e desvalorizados pela SME, é que os mesmos
não foram bem num suposto processo avaliativo
que teria sido realizado no ano anterior. Avaliação esta que, tal qual a música
de um famoso pagodeiro, foi como caviar: "Nunca vi, nem comi. Eu só ouço
falar".
Os pedagogos e os licenciados da SME talvez tenham esquecido que, nos bancos das universidades, lhes ensinaram que avaliação na educação deveria ser diagnóstica. Será que o princípio não se aplica também na gestão de pessoal das nossas unidades de ensino?
Parece que não! Afinal, servidores já foram removidos. E aqueles que foram pesados na balança da SME e foram achados em falta receberam uma única sentença: transferência. Seria esta a melhor alternativa de resolução encontrada pela SME para superar dificuldades no desempenho de seus funcionários?
Perguntamos mais:
- Os seres avaliados não teriam direito de saber dos resultados de suas avaliações?
- Não poderiam contestar aquilo que fora apurado na aferição dos seus avaliadores?
- Não teriam a chance de tentar reverter os pontos insatisfatórios com a ajuda da gestão e dos demais membros da equipe da unidade escolar?
- Será que pelo simples fato de remover o servidor para outro estabelecimento o seu desempenho melhorará?
E mais: como sempre, nas transferências, reaparecem aquelas velhas "coincidências", sendo a maioria dos transferidos simpatizantes do outro lado. Quer dizer, do outro partido, o diferente do da prefeita. Historicamente esta é a pior avaliação que alguém pode ter dos nossos governos antidemocráticos.
Alguns trabalhadores já estão nos procurando para acionarmos a Justiça. Afinal, tem sido vantajoso para os nossos "bons" governantes levar tudo para lá.
O Sindicato APEOC está pronto para defender os seus associados quanto aos abusos deste governo. Como fez no passado e fará sempre (ou enquanto os seus associados quiserem).
Queremos educação com qualidade? Como? Quando?
Será que realmente é do interesse dos nossos governantes melhorar a educação de Camocim?
Respeito aos servidores da educação! Respeito as nossas crianças.
Sindicato APEOC - Camocim
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