Sai governo e entra governo de todas as tendências ideológicas neste país e a educação nacional, na sua base de ensino - da alfabetização ao Ensino Médio, não deixa de ser filha adotiva e insensivelmente tratada no meio familiar, ou seja, por quem tem poder de decisão no governo. E como umbilicalmente depende a educação de qualidade, do profissional educador atualizado com o que acontece no dinâmico processo educativo de hoje, impulsionado pela comunicação imediata e de moderna tecnologia. Também está à valorização funcional dependente das decisões de governo. Portanto, educação de qualidade, na rede pública de ensino depende de capacitação continuada dos seus profissionais e da valorização financeira em face da missão que exerce no contexto social.
Infelizmente essa realidade não acontece no Brasil, apesar dos compromissos assumidos pelos gestores públicos com a sociedade. Em toda campanha eleitoral e em todos os momentos convenientes a promoção e defesa do que deseja a nação brasileira – os políticos profissionais não perdem a oportunidade de afirmar que - a educação é a prioridade das suas prioridades com valorização salarial do educador. Lamentam ainda como injustiça inconcebível a baixa remuneração do professor paga pelos governantes públicos.
O piso nacional de salário do Magistério da Educação Básica, para o professor de nível médio foi uma conquista dos profissionais ao longo de várias décadas de lágrimas e de sangue derramados pelos trabalhadores. Mesmo assim ainda não passou de uma meia vitória. O percurso ainda é longo e dependente de sucessivas batalhas. Assim como no Sindicato APEOC, na CNTE e em outras entidades o espírito de luto não desanimará diante da insensibilidade dos governantes e permanentes inimigos da educação e dos educadores.
O reajuste do percentual de 8,32% anunciado pelo Ministério da Educação, para 2014, e, ainda não desejado pela maioria dos prefeitos e governadores, que defendem apenas 5,73% calculados pelo INPC, é prova patente, cristalina e explícita da rejeição que falamos inicialmente. Insensível perseguição contra a educação e contra seus profissionais. A lei que instituiu o piso nacional dos professores de nível médio, aprovada em 2008, estabelece que o índice para reajuste do piso salarial dos professores deve ser correspondente ao valor aluno calculado pelo FUNDEB, para transferência dos recursos aos estados e municípios. Índice este que deveria ser reajustado em 2014, em 19%. E, não em 8,32% estabelecido pelo MEC.
Como a luta em defesa de uma educação com qualidade e com profissionais educadores valorizados ainda está longe de sua vitória, o Sindicato APEOC e a CNTE denunciam à sociedade e, em especial aos trabalhadores, com filhos matriculados na escola da rede pública, mais essa nova traição dos governantes, conclamando todos à luta, pois sem educação não haverá bem estar social com vida saudável para os trabalhadores brasileiros.
Fonte: APEOC
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