Os
cargos de direção do magistério da rede municipal (os conhecidos cargos de
confiança, tais como diretores e coordenadores escolares) estão com os valores
das gratificações estagnados há mais de quatro anos. A última alteração
salarial data de 10/04/2012 (Lei Municipal 1200/2012). Nesse intervalo, a inflação oficial já ronda a
casa dos 30%, o que compromete quase 1/3 do poder de compra do valor das
referidas gratificações.
Juntamente com a progressão do magistério, com o risco de vida dos vigias e com o aumento diferenciado para motoristas e agentes administrativos, o assunto é destaque na pauta de reivindicações da Comissão Municipal do Sindicato APEOC, o que fora discutido, em audiência, com a Prefeita Municipal em 07/03/2016. Na ocasião, Monica Aguiar reconheceu o pleito dos comissionados como legítimo, ficou de analisar as possibilidades financeiras do Município e até hoje não deu uma posição concreta sobre o reajuste.
O
assunto tem sido debatido sempre que o Sindicato tem oportunidade de sentar com
a Secretária Municipal de Educação, Profª Elizabete Magalhães. Porém, os dias
passam e a desvalorização das gratificações só aumenta, trazendo,
consequentemente falta de motivação por parte daqueles que assumem a linha de
frente nas unidades escolares.
Não
é de hoje que o Sindicato APEOC defende a devida valorização aos que exercem
cargos de direção nas unidades escolares do Município. Em 2015, participando
das discussões para a elaboração do Plano Municipal de Educação (no eixo
financiamento da educação e valorização dos profissionais da educação), a
Comissão colaborou para que o PME contemplasse, na meta 17, a estratégia “Criar
política salarial de valorização para cargos comissionados do magistério a
partir da vigência do plano, com reajustes anuais”.
O
PME, aprovado pela Câmara Municipal em Junho/2015, aproxima-se de seu primeiro
aniversário de vigência. Todavia, nenhum sinal claro da criação da política
salarial de valorização dos cargos comissionados do magistério tem sido dado
por parte da Gestão Municipal. A situação é constrangedora e dificulta, cada
vez mais, o recrutamento, e de certo modo até mesmo a permanência, de bons
profissionais para gerir as unidades escolares.
Por
entender que tais profissionais são indispensáveis ao bom desempenho das
atividades educacionais e por reconhecer o empenho que estes testemunham à
frente das instituições de ensino, o Sindicato APEOC defende:
-
reajustes anuais, pelo menos de acordo como o índice oficial de inflação do ano
anterior;
-
implantação de mecanismos que corrijam distorções entre os valores pagos para
tais profissionais, o que se constata quando comparamos a remuneração paga aos
efetivos 40 horas, com a remuneração paga aos efetivos 20 horas e o que se paga aos que
não são efetivos da rede municipal. Nesse último caso, há diretor ou
coordenador nomeado recebendo menos do que um professor 20 h.
Diante do cenário, o que seria mais atraente: estar em sala de aula com um contrato de 100 horas ou assumir uma coordenação, onde se teria que trabalhar dois turnos e ainda ter que dar conta de uma gama de atribuições, respondendo-se por todos os anseios da comunidade escolar?
Esperamos que a Gestão
Municipal não protele mais tal situação e apresente, com brevidade, uma
resposta clara e competente em favor da valorização desses profissionais.
Sindicato
APEOC - Camocim
Nenhum
passo atrás!
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