A
progressão é a passagem do profissional do Magistério de uma referência para
outra, imediatamente superior, dentro da mesma classe, obedecidos os critérios
de merecimento, mediante avaliação de indicadores de desempenho e da capacidade
potencial de trabalho. Entenda: a carreira do magistério municipal é organizada
em duas classes (PEB I e PEB II), cada uma composta por dez referências, as
quais estipulam o salário base de cada professor, com uma diferença de 2% entre
uma referência e outra imediatamente seguinte.
Previsto
pela Lei Municipal nº 1113/2010, dos artigos 24 ao 31, o benefício que deveria
ser efetivado a partir de 1o de março de 2012, com intervalos a cada
3 (três) anos, é uma das formas mais
coerentes, no âmbito municipal, de valorização do professor. Infelizmente, tal
política está estagnada. Com o advento do atual Plano de Cargo, Carreira e
Remuneração do Grupo Ocupacional do Magistério, os
professores tiveram o enquadramento automático no ano de 2011. Esperava-se,
conforme dispõe o referido Plano, que os profissionais progredissem, a cada
três anos, com base em avaliações de desempenho sistematicamente realizadas.
Muitos
professores têm feito requerimentos pedindo a Secretaria Municipal de Educação,
a concessão do benefício. Porém, não há manifestação alguma do Poder Público
Municipal sobre o caso. É fato que os docentes tem sido avaliados
rotineiramente nas unidades escolares, tanto por técnicos da SME como pelo apoio
pedagógico das escolas. Daí surgem os questionamentos: Por que o Município ainda não efetivou a concessão das progressões dos
professores? Por que as avaliações feitas rotineiramente no âmbito das escolas
não têm sido aproveitadas para viabilizar a ascensão na carreira docente?
Quando a SME irá garantir a progressão?
Em
tempos em que a profissão do magistério ainda é tal desmerecida e marcada pela
insatisfação, progredir na carreira passa para o servidor a ideia de
valorização, podendo garantir que os melhores profissionais permaneçam nos
quadros do magistério e, assim, os processos educacionais sejam desenvolvidos
com satisfação e com a devida qualidade.
Boa
referência para a atual gestão municipal são as atitudes da atual gestão
estadual, que concedeu, no ano de 2015, as progressões de docentes e as
promoções de muitos policiais. Isso é valorização do servidor! Nesse sentido, a
aliança política poderia também repercutir em reprodução dos bons exemplos.
Saldo há para isso (o pagamento dos abonos comprovam isso), o que, acrescido
por um bom planejamento, garantiria que a lei fosse respeitada, e lei existe
para ser cumprida.
Convém
destacar que a luta histórica do Sindicato APEOC não é pelos famigerados abonos,
perante os quais sempre tivemos uma posição crítica, pois muito melhor que
abono é melhoria salarial, fruto de direitos adquiridos e que repercute em toda
a vida futura do servidor. Os anseios da classe também não se esgotam no
pagamento do piso do magistério. O profissional da educação quer (e merece)
carreira e dignidade.
Sindicato
APEOC - Camocim
“A gente não quer só o piso, a
gente quer o piso, carreira e dignidade.”
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