O ano de
2016 está apenas começando e já surgem rumores de que a SME de Camocim tem
posto novamente em execução o Festival de Transferências. Diversos servidores
efetivos estão sendo removidos de suas unidades de lotação sob a abominável prática
que há anos vem sendo utilizada por nossos gestores. Como sempre, sem atos
formais (portarias) e sem justificativas individualizadas e plausíveis. Nada
ocorrendo como fora prometido pela prefeita Monica Aguiar durante a sua
campanha em 2012.
A Comissão
Municipal do Sindicato APEOC reivindicou, em setembro/2012, junto aos então
candidatos a Prefeito(a) a posição dos mesmos a respeito da operacionalização
das remoções de servidores. Na ocasião, Monica Aguiar se comprometeu a realizar
transferências / remoções de servidores
somente mediante justificativa escrita, individualizada e informada com
antecedência mínima de 30 dias. Na prática, porém, o que tem sido
verificado ainda está muito aquém do compromisso outrora assumido.
Entendemos
que transferências podem ser realizadas; o problema é a maneira como isso tem
sido feito. É lamentável que um servidor público, às vezes, fique sabendo que foi transferido por meio de conversa com outros
colegas, em alguns casos até fora do ambiente escolar e sem que o mesmo tenha
solicitado remoção. Coincidentemente, a maioria dos transferidos não são simpatizantes
do atual governo.
Não agrada
também ao servidor saber que há carência em sua unidade de origem e que, mesmo
sendo habilitado para atuar em tal área, você é descartado sem um prévio
diagnóstico, sem o estabelecimento de um diálogo que vise minimizar
constrangimentos e sem a oportunidade de superação das fragilidades detectadas,
sendo, por vezes, preterido por um temporário. Com todo o respeito aos
temporários, mas convém salientar que a prioridade na lotação deve ser dada aos
efetivos. Se há alguma falha na atuação do servidor efetivo, que se adotem
posturas responsáveis, justas e republicanas quanto a isso, desprovidas de
revanchismos ou de partidarismos, com um bom acompanhamento pedagógico, visando
a superação das dificuldades do funcionário.
Diante do
quadro, perguntamos:
- Será a transferência a única sentença a ser
aplicada àqueles que foram pesados na balança da SME e foram achados em falta?
- Não
poderiam os servidores contestar aquilo que fora apurado na aferição dos seus
avaliadores sem ser preciso ingressar na justiça?
- Será que
o simples fato de remover o servidor para outro estabelecimento implicará em
melhora de desempenho?
A situação
ainda piora quando se trata de um professor concursado para 200 horas e que tem
que ficar dividido entre duas unidades escolares, sem que os responsáveis pela
lotação procurem, de todas as formas, meios para evitar uma situação que põe em
risco a qualidade da educação ofertada. Perguntamos ainda:
nossos gestores estão realmente preocupados com a qualidade de nossa educação
pública?
Acrescentamos ainda que, caso a justificativa
dada para alguns servidores esteja ligada à readequação da rede, mesmo assim o
servidor precisa ser devidamente comunicado sobre o fato, com justificativas e
com a devida antecedência. O servidor merece respeito! E é perfeitamente
possível resolver a questão. Qualquer dúvida, vejam como a Prefeitura de Barroquinha
fez. Lá, vigora uma lei que disciplina o processo de remoção do servidor
público.
O Sindicato
APEOC está pronto para defender seus associados quanto aos abusos deste e de
qualquer outro governo, como fez no passado e fará sempre. Caso algum
trabalhador da educação seja alcançado por prática tão nefasta, procure-nos
para que possamos acionar a Justiça. É preciso dar um basta nesta reprovável
atitude que só causa prejuízo a toda a sociedade camocinense.
Sindicato APEOC - Camocim
Sempre alerta na defesa dos
interesses da categoria
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